quarta-feira, 29 de abril de 2009

Escalada 28 maio 2009.





Escalada no inicio da semana só pra matar a vontade...rsrsrsrs
História da Escalada em Montes Claros e Norte de Minas

O montanhismo teve início em Montes Claros na década de 80, provavelmente nos idos de 87/88, com um grupo de amigos que começaram a escalar no exército e posteriormente formaram o primeiro grupo de escaladores. Desse grupo nasceu o Clube Excursionista de Montes Claros – CEMC, que começou a difundir a escalada na região.
Destes pioneiros podemos destacar: Eduardo Gomes e César Augusto Ferreira Sobrinho. O grupo cresceu e vieram os primeiros cursos básicos. Os campos escola do Parque Municipal da Sapucaia e da Pedreira, ambos em áreas públicas e de livre acesso que ficam a dez minutos do centro da cidade, acolheram os primeiros escaladores do Norte de Minas com suas fendas, chaminés e negativos.

Uma a uma as vias foram surgindo: Rapelão, Teleférico, Ponte, Caveira, V, Jararaca e outras, porém com uma característica local, a maioria conquistadas em top rope. A escassez de equipamentos e pouca base técnica prenderam as primeiras conquistas dos campos-escola a top ropes.
Na década de 90, o Clube Excursionista se dividiu e nasceu o Clube Aventura, presidido por César Augusto Ferreira Sobrinho, com alguns membros do CEMC e membros do grupo de escoteiros do Colégio Marista São José. Se por um lado no campo escola as conquistas eram em top rope, nas falésias de Serra Bonita, Lapa Pintada e Fazenda Quebradas, Eduardo Gomes e César Augusto F. Sobrinho conquistaram no estilo tradicional, usando pitons caseiros, cunhas de madeira e alumínio e nós de fita, sendo a via Urubu Rei na Serra Bonita, um bom exemplo.

Ainda na década de 90, o intercâmbio com montanhistas do Rio e com a ida de um membro do CEMC para São Paulo e dois membros do Clube aventura César Sobrinho e Carlos Guilherme (Psico) participaram em Curitiba PR da 2ºCampeonato Sul-Americano de Escalada Indoor, os escaladores montes-clarenses tiveram acesso a mais informação. Fitas de vídeo, livros, apostilas e principalmente equipamentos foram sendo adquiridos, iniciando uma nova fase do montanhismo local. Embora bem próximos a Belo Horizonte, os montes-clarenses até hoje não conseguem explicar o porquê da falta de intercâmbio que existia com os escaladores de Belo Horizonte. As vias de top rope passaram a ser escaladas em móvel, sendo algumas protegidas com chapeletas e grampos. Vias esportivas conquistadas de baixo surgiram, e nas falésias, belas linhas nasceram sendo protegidas no estilo tradicional. Nesta nova fase destacam-se os escaladores: André (in memoriam), Helmer, os gêmeos Warley e Wadson, Magnus Leandro, Jober Rivelino e Aldelice do CEMC e Carlos Guilherme(Psico), Leonardo Santos e Luciano Gherard(Bolão) do Clube Aventura. Os clubes se uniam para promover cursos e pequenas competições indoor.
No final da década de 90 o Clube Excursionista se dividiu, extinguindo-se, e a maioria dos membros passou a se dedicar à espeleologia, surgindo o EPL – Espeleogrupo Peter Lund e mais tarde o IGS – Instituto Grande Sertão, que passou a cuidar da preservação e divulgação do potencial eco-turístico da região, e a dar grandes dicas de paredes escondidas nas montanhas do Norte de Minas.
O avanço da escalada em Montes Claros na última década foi significativo. Além da refundação do CEMC e do Clube Aventura, foram criados os grupos Clube Excursionista Atalaia do Sertão e Sertão Calango, e o primeiro ginásio de escalada foi inaugurado na cidade, o Ponto Vertical.

Montes Claros está de portas abertas para os escaladores que desejam conhecer suas falésias, cachoeiras e cavernas. Faça contato com algum dos grupos e escaladores locais e conheça o que o Norte de Minas tem de bom.

César Augusto Ferreira Sobrinho.

terça-feira, 7 de abril de 2009