sábado, 27 de setembro de 2008




Escalar Montanhas _Na montanha há uma natural necessidade de companheirismo e solidariedade. Essas qualidades são empregadas no dia a dia. A vida passa a ser mais valiosa, a aparência física deixa de ser importante, a riqueza da alma torna-se prioridade.
Há uma grande magia que envolve a montanha. Algo que enfeitiça intrépidos aventureiros que se atrevem a penetrar em seus domínios. Escalar montanhas por trilhas íngremes ou rudes paredões de rocha, traz uma grande riqueza de espírito aos montanhistas. Depois de uma difícil caminhada onde se enfrenta a lama, tempestades, sol inclemente, árduas subidas e descidas, perigosos rios, picadas de insetos... ou mesmo após uma escalada complicada com bivaques na parede, apreensivos, o tempo todo alertas para não cair nenhum material (essencial para o sucesso da empreitada), para não cometer imprudências na segurança, passar sede, às vezes fome, cansaço, desânimo... Entre outras dificuldades próprias de uma grande escalada, os valores adquiridos na sociedade mudam. Na montanha há uma natural necessidade de companheirismo e solidariedade. Essas qualidades são empregadas no dia a dia. A vida passa a ser mais valiosa, a aparência física deixa de ser importante, a riqueza da alma torna-se prioridade. A raça, a cor, o credo, a posição social passam a ser coisas insignificantes. Não há distinções para um verdadeiro montanhista.Até mesmo as pessoas mais tímidas tornam-se mais extrovertidas, porque a montanha traz uma grande vontade de conversar, mostrar as pessoas as sensações das quais esta desfrutando, sem falar na descoberta de que o mundo é cheio de incontáveis segredos, mistérios e surpresas para serem desvendados e que isso exige comunicação. - E que outra melhor maneira de viver a vida, que partilhar com amigos as coisas boas e maravilhosas que o Criador oferece como a natureza?!
Cintia Adriane.

Diosmar (Mazim "magro!!!!!!!"), Leonardo Maia e Leonardo Gherard.
Fazenda na região de Itacambira.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Auto-segurança no rapel.





Rapel é uma técnica de descida em corda, utilizada por escaladores para retornar à base da pedraA técnica foi criada por Jean Charlet-Straton, em 1879, após a conquista da montanha Petit Dru, localizada nos Alpes franceses. A conquista foi realizada por três escaladores liderados por Jean que, após atingirem o cume, desceram as íngremes paredes passando a corda ao redor de saliências na pedra e, segurando-a com as mãos, dirigiam-se para baixo. O último a chegar ao final de cada lance recuperava a corda, puxando-a, para iniciar uma nova descida. Rappel, palavra de origem francesa, traduz-se na ação de trazer de volta. Daí que, a rigor, só é possível “rapelar” em corda dupla para que seja possível puxá-la por uma das pontas.Desde então a técnica passou a ser aprimorada com a incorporação de novos métodos e também equipamentos para auxiliar a descida. Atualmente, com a expansão do esporte, não é raro tomarmos conhecimento de acidentes durante a prática do rapel. As causas, quase sempre, apontam para o descuido no emprego da técnica e indicam que a adoção de medidas básicas de segurança podem evitar esse tipo de acidente.O processo de descida em rapel com auto-segurança não é complicado ou requer grande investimento para a compra de equipamentos. O material, aliás, está disponível na mochila de todo escalador. Talvez o que falte seja a cultura, a disciplina, de observar os procedimentos de segurança na hora de descer pela via.Existem várias formas de montar uma auto-segurança para a prática do rapel. Aqui são apresentadas as opções consideradas mais comuns.Convém ressaltar que cada escalador é responsável pelas técnicas que utiliza e que a segurança depende de uma postura adequada, uma atitude, que se compõe do conhecimento e emprego da técnica aliada à experiência no julgamento de cada situação em que possa existir risco potencial. Com o melhor equipamento do mundo, o homem de julgamento pobre está em perigo mortal. Cuidados preliminares:1. Estar bem ancorado;2. Manusear a corda com cuidado para não deixá-la cair morro abaixo;3. Equalizar a corda, ou seja, igualar o comprimento das duas pontas que serão lançadas (o ponto em que a corda toca no grampo deve ser o meio da corda para que os comprimentos das duas pontas fiquem iguais); 4. Caso utilize duas cordas, após uni-las com o nó apropriado (nó oito, por exemplo), certificar-se qual corda deverá ser puxada (aquela que o nó não passa pelo grampo);5. Fazer um nó em cada ponta da corda (nó duplo), antes de lançá-la. Atenção: No final da descida, não esquecer de desfazer o nó antes de puxar a corda;6. Montar o aparelho de descida (freio);Obs.: Usar sempre mosquetões com trava para montagem do aparelho de descida (freio) e auto-segurança.Auto-segurançaAlém dos cuidados que devem ser tomados na montagem da descida, é recomendável que cada escalador (principalmente o primeiro a descer) também monte uma segurança complementar.A auto-segurança pode ser feita utilizando-se nós blocantes (prusik, machard e autoblock), ou aparelhos como o Shunt, fabricado pela Petzl. A vantagem de se usar os nós blocantes é que eles são simples, seguros, leves e baratos.O nó blocante trava a queda do escalador caso ele perca o controle da velocidade de descida, prendendo-se à corda por atrito, ao ser submetido a uma tensão maior - peso do escalador. Para fazer o nó, é necessário possuir uma alça de cordelete, com diâmetro de 5 ou 6mm e medindo entre 1m a 1,5m, cujas pontas são unidas através do nó de pescador duplo formando uma laçada fechada. Essa alça deve ser enrolada em espiral diretamente na corda de escalada.Nós BlocantesNormalmente o nó prusik (criado por Karl Prusik, em 1931) é feito com duas ou três voltas da alça de cordelete ao redor da corda principal, podendo ficar acima ou abaixo do freio, e fixado no baudrier com um mosquetão de trava. O nó bachmann exige quatro ou mais voltas. O autoblock ou o machard costumam ser utilizados abaixo do freio e fixados na perna da cadeirinha com a utilização de um mosquetão com trava.Montagem da segurançaAlguns escaladores preferem montar a auto-segurança acima do freio, alegando, entre outras, que caso a corda se rompa, resta a possibilidade do nó travar impedindo a queda do escalador.Todo escalador deve possuir pelo menos duas laçadas de cordelete disponíveis no baudrier, pois em determinadas situações é necessário a utilização da outra laçada para subir na corda. Deve também estar treinado em técnicas de ascensão em corda.IMPORTANTE: O nó blocante deve deslizar pela corda sem estar muito frouxo e não deve ser segurado pela mão do escalador. Erro comum é o escalador segurar o nó com a mão, para fazê-lo deslizar e, com isso, impedir o travamento em caso de queda. A mão do escalador deve ser mantida diretamente na corda, acima do nó, acompanhando-o na descida. Assim, em caso de queda, mesmo que instintivamente o escalador segure a corda, o nó estará livre para travar a queda. Há também escaladores que preferem a montagem do nó blocante abaixo do freio, alegando facilidade para destravá-lo. Nesse caso é recomendável montar o freio um pouco acima da cadeirinha, com o uso de uma pequena solteira. Esse procedimento evita que o nó blocante "entre" no freio e trave a descida. Também neste caso o nó não deve ser segurado pela mão do escalador.O tipo de nó blocante a ser utilizado e o local de montagem, acima ou abaixo do freio, é uma escolha pessoal de cada escalador. O assunto é polêmico e cada método possui seus defensores fervorosos. Mas num aspecto todos concordam: é muito importante a utilização de um sistema de auto-segurança durante a prática do rapel.Cuidados ao descer:. Certificar-se se foi dado um nó em cada ponta da corda;. Fazer sempre uma dupla conferência nos equipamentos;. Descer devagar, sem submeter a ancoragem a trancos ou esforços excessivos e evitando o superaquecimento dos equipamentos.ATENÇÃO: A técnica de auto-segurança não deve ser utilizada quando da prática de rapel em cachoeira.Notas e Bibliografia:Escalar exige conhecimentos teóricos e práticos que devem ser adquiridos através de participação em curso específico, ministrado por instrutores credenciados, independentes ou vinculados a instituições de esportes de montanha.- FEMERJ - Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro- AGUIPERJ - Associação de Guias, Instrutores e Profissionais de Escalada do Rio de Janeiro- Centros Excursionistas / Clubes de MontanhismoLivros consultados:. Beck, Ségio - Com Unhas e Dentes, São Paulo. Requião, Cristiano - Cordas e Nós para Montanhistas, Rio de Janeiro. Luebben, Craig - Nudos para escaladores, DesnivelAutor: Claudio Aranha

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Escalada campo escola da pedreira - montes Claros.


Escalada no campo escola da pedreira, em Montes Claros dia 20 de julho de 2008, na foto escalando Fernando FIB, dando segurança César Sobrinho e ao lado sua filha Maria Paula.

Dicas ....

1- Antes de realizar a viagem ou passeio, informe-se junto das entidades competentes sobre as condições e riscos do local.
2- Escolha um percurso que esteja de acordo com as suas características fisicas e técnicas.
3- Utilize um equipamento adequado e aprenda a servir-se dele. Nunca esqueça a caixa de primeiros socorros.
4- Antes de partir, informe-se sobre as condições meteorológicas. Lembre-se que nas montanhas as alterações climáticas são mais rápidas.
5- Evite realizar estes percursos sozinho, é mais arriscado!6- Previna sempre alguém do itinerário que vai seguir e da hora aproximada a que pensa regressar.
7- Não hesite em pedir apoio a um profissional para o aconselhar e guiar.
8- Tenha atenção à sinalização existente!
9- Saiba qual é o momento certo para voltar atrás, em caso de dificuldades ou de alteração de condições atmosféricas.
10- Em caso de testemunhar um acidente, reaja eficazmente para proteger, alertar e socorrer.